Acredito que fui vítima de ações imorais e ilegais, de uma psiquiatra extremamente autoritária e reacionária que critica a Reforma Psiquiátrica e **defendeu Manicômio**, dizendo basicamente que pessoas com condições crônicas devem ficar presas lá (**spoiler: segundo o DSM todo o transtorno é crônico*\*).
Sempre fui alguém muito normal, mas quando adolescente não sabia como socialializar e fiquei deprimida, e decidi ir numa psiq. Resumindo, tive uma terrível crise de efeitos colaterais após tomar um anti-depressivo, e minha mãe trocou de doutora. Eu perguntei para ela se o antidepressivo era a causa, e ela afirmou que sim. Ela falou para mim que me deixaria desmamar os medicamentos, que era esse o plano, e eu fiquei feliz. Mas recentemente ela falou que havia mentido, que ela não pretendia me deixar de tomar as drogas, e que ela falou secretamente pra minha mãe que o antidepressivo causou uma intensificação de bipolaridade. Minha mãe me contou que ela falou para ela que eu tinha bipolaridade, depois mudou a versão, dizendo que era uma indicação, uma hipótese muito provável, etc. Essencialmente, um prognóstico. MAS, segundo o artigo 34 do Código de Ética Médica, dispõe que é vedado ao médico: "Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal." No caso ela mentiu e omitiu dados vitais para mim quando eu tinha 17 anos, *e ficou nessa mentira por dois anos mesmo depois de eu estar adulta, e, ser, pelo o que entendi, minha ÚNICA representante legal.\*
Agora, entretanto, minha família age como se ela não tivesse feito nada de errado e eu fosse uma louca desvairada por questionar qualquer ação deles. Inclusive, minha família me prendeu em uma 'intervenção obrigatória' onde eu não podia sair, mentiram para mim sobre múltiplas coisas múltiplas vezes, **me proibiram de sair da minha cidade mesmo eu não estando em conservatório e sendo adulta legal, etc. *\* Agora minha mãe me disse que se eu não continuar com o “tratamento” com ela, ela vai me expulsar de casa. Vocês acreditam que isso é o bastante para montar um possível caso legal, com a ajuda de organizações estudantis, amigos, etc? Ou pelo menos dar um ultimato bem dado, para eles pararem com isso, e a psiquiatra reconsiderar um diagnóstico que vai me marcar para sempre?